Aumento dos Custos na Construção Civil. Que futuro para o setor?
Este artigo pretende dar uma orientação de como preparar-se “urgentemente” para este choque na Construção Civil, abordando os seguintes temas: O Fenómeno; Os Número; As Consequências; As Reações e Alternativas; A Conclusão.
- O fenómeno
De facto, o setor da construção civil tem assistido a um crescimento fruto do mercado da reabilitação de edifícios, número de licenças emitidas para novas construções, concursos públicos, com consequências no volume de novos contratos celebrados, refletindo-se nos indicadores de consumo de cimento e matérias-primas.
Mas eis-nos chegados a uma situação bem explosiva com vários riscos iminentes: a incerteza quanto à evolução da pandemia que está longe de ter terminado. E a guerra na Ucrânia, que também, dada a resistência desse povo, não se vislumbra o seu termino no curto prazo.
A conjugação destes dois efeitos opostos – o crescimento da construção civil e a incerteza do mercado – terá as seguintes consequências nas empresas de construção civil, mantendo o critério/variável preço constante:
Competitividade do Setor
Consequentemente, o aumento da procura gera o aumento da oferta. Assim sendo, este aumento de novas empresas no setor implica uma redução das margens fruto da competitividade pelo preço.
Escassez de Mão-de-Obra
Consequentemente, a escassez da mão-de-obra gera uma onda inflacionista nos vencimentos que contribui para a redução das margens.
Escassez Matérias-Primas
Consequentemente, a escassez das matérias-primas gera uma onda inflacionista nos preços, contribuindo para a redução das margens.
Aumento dos Materiais e dos Combustíveis
Atendendo que os combustíveis, água, eletricidade e todos os materiais inerentes à construção de uma obra, são elementos que contribuem fortemente para o “peso” do custo da obra, o seu aumento, e nos valores que iremos ver no capítulo “Os números”, gera igualmente uma redução das margens.
Impostos e tributações
Como se tudo isto já não fosse suficiente mau para as empresas do setor, a carga tributária das maiores da europa, os custos de contextos (licenças, alvarás, garantias, etc), são outro elemento de peso para o aumento dos custos e redução das margens.
- Os números
De acordo com os dados do INE, a taxa de variação mensal do ICCHN (Índice de Custos de Construção de Habitação Nova) foi 3,3% em abril, para os materiais aumentou 5,4% e da mão-de-obra mais 0,2%,
Comparativamente a 2021, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em abril, os custos da construção aumentaram 14,3%.
Os preços dos materiais (com um peso significativo no cálculo dos custos da construção civil) subiram aproximadamente entre 15% a 20,5%. Em abril, de uma forma geral os materiais ficaram 20% mais caros. No mesmo mês, registou-se um aumento de mão-de-obra por volta dos 5,8%.
Com aumentos acima dos 30%, encontra-se o gasóleo, carpintarias, aglomerados, ladrilhos, entre outros materiais.
3. As consequências
Como consequência de toda esta onda Inflacionária no setor, do aumento da inflação, das taxas de juros, e por último, o crescente endividamento das famílias, empresas e estado, não é difícil termos uma antevisão do que foi a crise do “subprime”.
Esta realidade representa riscos elevados para a construção civil com a diminuição da capacidade de executar as obras dentro dos prazos e orçamentos estimados. Por outro lado, o aumento do risco de crédito, adiando as decisões de investimento, contribui igualmente para uma menor rentabilidade das empresas do setor.
Atendendo a que a maioria (mais de 90%) das empresas da construção civil são compostas por PMEs com elevados níveis de endividamento, grandes flutuações de tesouraria e dificuldades de liquidez para cumprir com as suas obrigações, ficam confrontadas com uma das duas possíveis decisões:
a) ou baixam a sua exposição ao risco. Significa isto que só assumem um determinado número e tipo de projetos, limitando claramente o seu crescimento.
b) ou hipotecam a qualidade de execução e implementação dos projetos. Comprometendo assim por vezes, o resultado pretendido prejudicando claramente os clientes.
4.As reações e alternativas
Mais do que nunca, é imperativo que as empresas do setor da construção civil foquem-se nestes dois critérios:
a) CONTROLO DE CUSTOS EM TEMPO-REAL
Ferramentas (software) como o OfficeGest – Gestão de Obras e Processos, é um bom exemplo do que já existe no mercado das PMEs do setor da Construção Civil, poderem controlar os seus custos e a rentabilidade das suas obras em tempo real.
b) NOVAS TECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS
A busca de novas alternativas e tecnologias de construção. A implementação de processos e metodologias que levem a maior produtividade na execução de uma obra, é igualmente um elemento que as empresas do setor têm que passara a redobrar a sua atenção.
Conclusão
Fazemos assim, porque assim sempre foi feito. Leva-nos aos resultados que sempre tivemos. E esses resultados tiveram o seu momento e circunstâncias próprias.
Inove e controle. Estes poderão ser os fatores determinantes para ultrapassar esta crise que se advinha, ou ficar pelo caminho.
Saiba mais como o OfficeGest – Gestão de Obras e Processos, pode ajudar a sua empresa neste processo de controlar os seus custos e a rentabilidade das suas obras em tempo real.